
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Comer, Rezar, Amar

quinta-feira, 29 de julho de 2010
Pesquisa revela comportamento de jovens e crianças na utilização da Internet
Jovens e crianças não estão preparados para utilizar a Internet, é o que revelou uma pesquisa feita nos últimos dois anos pelo Laboratório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos (Leeme), da Universidade Mackenzie.
Os pesquisadores do grupo, coordenados por Solange Palma Barros e, no qual, contam com a participação de Juliana Abrusio, foram a campo e, ao entrevistarem 2.039 jovens, entre 11 e 18 anos, descobriram que tanto alunos de escolas privadas, como de escolas públicas, apresentaram-se totalmente suscetíveis aos diversos problemas que ocorrem em função do uso indiscriminado da rede mundial de computadores.
Por se tratar de um universo virtual, a Internet traz uma falsa sensação de anonimato e impunidade, diz a pesquisa. O uso desmedido do universo virtual pelas crianças e adolescentes traz à tona não apenas a questão do comportamento, mas também situações mais preocupantes como a exposição à pornografia, a divulgação indevida da imagem e dados pessoais, a divulgação de boatos, bem como a pedofilia e o uso da Internet para incitar a violência.
Com os resultados em mãos, foram propostas alternativas concretas para a formação dos jovens quanto ao uso construtivo da Internet. Os pesquisadores produziram dois livros voltados para o Ensino Fundamental II e Médio, com o objetivo de relacionar os problemas que acontecem na Internet com a ética e os valores. “Queremos que os jovens assumam uma postura mais crítica e segura no uso da Internet”, afirma Solange Palma Barros, que pretende divulgar as obras nas escolas e, futuramente, lutar pela inserção da disciplina de ética e segurança na Internet no currículo escolar.
Além disso, o Leeme alerta sobre a falta de condições que muitos pais e professores têm para orientar os menores no uso da Internet: “nem todos estão preparados para acompanhar os jovens - que parecem estar anos à frente nas questões tecnológicas”, diz Solange, que ressalta a responsabilidade da escola em assumir o papel de orientador e formador.
Para os pesquisadores, falta responsabilidade no controle do uso da ferramenta eletrônica. “A maior parte dos entrevistados utiliza a Internet sem nenhum adulto por perto, sem nenhum controle ou monitoração”, afirma Solange que também identificou que este uso é feito, em sua maioria, dentro do próprio quarto do jovem.
Outro dado colhido pela pesquisa é que 45% dos entrevistados já tiveram medo em algum tipo de acesso que fizeram na rede mundial de computadores. “Este é um dos motivos que nos obriga, acima de tudo, a formar o lado virtual dos jovens cidadãos, prevenindo a ocorrência de problemas on line e minimizando os danos causados pelas diferentes problemáticas associadas à Internet”, diz Solange.
Para o Leeme, formando uma consciência de uso construtivo da Internet gera-se instrução, conhecimento, entretenimento sadio, exaltam-se os valores éticos e pais e educadores se aproximam muito mais das de crianças e adolescentes. “Em média as crianças e adolescentes passam 4 horas conectados. Mas o que eles estão deixando de fazer nessas 4 horas? Como ficam as atividades escolares, esportivas, familiares e as responsabilidades que todos os jovens devem ter? Sem dúvida nenhuma, a Internet é uma das maiores invenções da humanidade, mas quando percebemos que seu uso está indo contra às boas relações interpessoais, temos que perceber que algo está errado. Funcionários que são demitidos via e-mail e mães que só conversam com seus filhos através do MSN são exemplos tristes e preocupantes do uso da Internet em nossa sociedade”, finaliza Solange.
Para Juliana Abrusio, é importante conscientizar pais e escolas sobre as responsabilidades legais a que estão sujeitos ao concederem acesso indiscriminado e sem controle a Internet às crianças e aos adolescentes. "Há decisões judiciais condenando os pais a indenizações por atos ilícitos praticados pelos filhos na internet". Isto deve ser um alerta à atenção redobrada de todos. "Os pais e professores devem contribuir na educação das crianças e dos jovens, especialmente no ambiente da Internet, onde a falta de controle e orientação pode trazer sérios danos, inclusive na esfera judicial", completa Juliana Abrusio.
terça-feira, 20 de julho de 2010
A participação dos pais no caso do filho da Cissa Guimarães
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Caso Bruno e a sociedade do espetáculo
Mais uma vez, as teorias da comunicação surgem na minha vida (eu sabia que devia ter prestado mais atenção nas aulas). Senhoras e senhores, esta é a sociedade do espetáculo. O limite entre o show e a tragédia parece não mais existir nos dias de hoje. Programas se sucedem nos mais diferentes canais de televisão explorando a desgraça alheia, mas tudo isso por um simples motivo: nós consumimos isso. Programas só existem, pois há quem os veja. Jogue a primeira pedra quem nunca se pegou vendo a Sônia Abrão entrevistar especialistas sobre determinado assunto trágico (somente como exemplo, mas existem outros vários apresentadores). Nos dois casos citados antes, alguém morreu e será uma perda irreparável para quem fica. O que é espetáculo e o que é real então? Já não se sabe diferenciar. O que acontece é que tudo acaba virando entretenimento, que acaba sendo consumido por uma sociedade já revoltada pela desilusão com a vida real. E sim, isto é uma crítica também aos meios de comunicação dos quais, como jornalista, me incluo.
Como sou uma pessoa positiva por natureza, acredito que há coisas boas que podem ser tiradas dessa situação. Acho muito triste saber que esses casos envolvendo pessoas públicas são resolvidos com uma agilidade impressionante quando há centenas de outros esperando na fila para que a justiça seja feita. Espero que os brasileiros aprendam com essas situações recorrentes e, em ano de eleição, vejam muito bem para quem destinar o seu voto de confiança, pois é isso que o nosso voto é. Somente nós podemos mudar o que está errado sendo efetivos e fazendo a nossa parte.
Recomendo a leitura do artigo: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=313SPE003
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Larissa Riquelme, a personificação da alienação brasileira
Sempre que eu penso que não posso me surpreender com mais nada, vem a vida e me prova que estou errada. Infelizmente acabo surpreendendo-me negativamente, na grande maioria dos casos, e com as pessoas. Parece-me que, no Brasil, cada vez mais estamos retornando ao estado natural dos seres humanos: a falta de racionalidade e a não contenção dos instintos mais primitivos.
Larissa Riquelme, a "musa" da Copa (título altamente questionável), personifica toda a alienação dos brasileiros e a total falta de critérios e prioridades. Antes que digam que é recalque meu ou inveja posso garantir que não é e, se necessário for, posso provar. Tiro meu chapéu pro primeiro homem que disser que não acha ela tudo isso e que prefere outras que são tão bonitas quanto e demonstram ter muito mais conteúdo, como a Angelina Jolie.
Há uma diferença entre achar bonita e tornar a pessoa alguém de destaque. Como disse uma amiga minha: a guria só veio pra cá, devemos ser o único país que prestou atenção nela. Pois então, resolvi me informar sobre tal criatura de Deus e nada melhor do que olhar o perfil no Facebook. Depois de muitas fotos e de praticar meu espanhol cheguei a uma inevitável conclusão: perdi 30 minutos do meu já escasso tempo. Em qualquer coisa que ela faça, está sempre valorizando os atributos que Deus e o cirurgião plástico lhe deram. Alguma semelhança com as (sub)celebridades do Brasil? Posar pelada e rebolar é a grande receita para se ganhar dinheiro e fazer "fama" aqui. Não necessariamente nesta ordem.
Como boa jornalista e que prestou atenção nas aulas (ok, nem todas, eu admito) de teorias da comunicação, sei da importância social de programas como novelas e até mesmo do Big Brother (tão questionado pelos cults). Além de distração em uma rotina cada vez mais apertada e com mais prazos, este tipo de programa tem a função social de despertar certos questionamentos e levantar temas para debate na sociedade. Gerar celebridades instantâneas é uma conseqüência. Até aí, tudo certo. O problema é quando estas "celebridades" ganham mais destaque do que os temas relevantes. Me desculpem os marmanjos babões, mas não consigo levar a sério quem não sabe controlar seus instintos e fica babando por um grande par de silicone e um corpo
Estamos em ano de eleições, somos o próximo país sede da Copa do Mundo, sediaremos as Olimpíadas de 2016 e ainda temos inúmeras questões sociais, políticas, de infra-estrutura e econômicas a serem resolvidas, mas cerca de 30 jornalistas no mínimo (todos homens, por que será?) estavam cobrindo a passagem de Larissa Riquelme pelo Brasil. Enquanto ela exibia a boa forma para os brasileiros babões, políticos roubavam um pouco mais em Brasília, gente morria por causa das chuvas em Alagoas e outras tantas mulheres eram espancadas e crianças maltratadas. Ela vai ajudar na construção de escolas? Doar dinheiro para a caridade? Auxiliar as vítimas das enchentes no nordeste? Não, ela apenas posou para algumas fotos de uma marca sem sutiã. Acho que está na hora de revermos nossos conceitos.